A partir de hoje, 19, começa em Baixo Guandu, a superfinal do Circuito Mundial de Parapente. A competição vai até o dia 30 e reunirá 150 atletas de 30 nacionalidades. Os melhores dos melhores do mundo vão colorir e encantar o céu da região. É a primeira vez na história que o Espírito Santo vai receber a superfinal.
Em Barra de São Francisco, o prefeito Alencar Marim disse que vai se esforçar para trazer uma etapa do Capixaba de Voo Livre para a cidade, este ano, a exemplo do ano passado. (Veja matéria mais abaixo).
No ano passado a rampa do Monjolo sediou uma etapa da Copa do Mundo de Parapente e também uma etapa do Panamericano da modalidade, credenciando o local para a superfinal que acontece este mês.
Foram cinco etapas eliminatórias pelo mundo que selecionaram, ao todo, 150 atletas de 30 nacionalidades que agora vão competir para definir quem será o grande campeão da temporada de parapente.
Serão dez dias seguidos de competição, que contará com cinco brasileiros na disputa, sendo apenas um capixaba: o recordista mundial de voo à distância, Frank Brown, que é nada menos que onze vezes campeão brasileiro.
“Sempre tenho as melhores expectativas possíveis, ainda mais em uma competição dessa grandeza dentro de casa, no nosso quintal. Quero pegar um pódio. Eu, Rafael Saladinie e Samuel Nascimento somos três recordistas mundiais, formamos um time e esperamos um pódio como equipe”, destacou Brown, uma referência na modalidade dentro e também fora do país, em entrevista à repórter Marcella Scaramella, do jornal A Gazeta.
A rampa do Monjolo que vai receber a Superfinal é considerada uma das 10 melhores do mundo para a prática do voo livre, sendo a primeira do Brasil, segundo os organizadores. “Aqui tudo favorece, desde as condições geográficas, as termas que permitem ótimos voos e a hospitalidade do guanduense, nem se fala”, explicou o representante da ACVL, que acrescentou: “Os pilotos do mundo inteiro são apaixonados por Baixo Guandu. Aqui a violência é baixíssima ou quase não existe, o povo é amável e a cidade se engaja no dia a dia dos pilotos.
Aliás, por 24 x 1 votos, Baixo Guandu já foi escolhida para sediar o Campeonato Pan Americano de Parapente de 2020, que acontece a cada dois anos”, explicou Marcos Aurélio Pinheiro, representante da Associação Capixaba de Voo Livre (ACVL).
O evento, além de fomentar a prática esportiva, também vai desenvolver o turismo na região da capital capixaba do voo livre. A expectativa é que a superfinal atraia mais de mil visitantes e movimente cerca de R$ 1 milhão na economia local. (Weber Andrade com ACVL e A Gazeta)
Rampa de Vargem Alegre deve receber
nova etapa do Capixaba de Voo Livre
A rampa de Vargem Alegre está habilitada para receber competições de nível nacional e até internacional de voo livre. Essa é a melhor notícia recebida pela cidade no ano passado, quando cerca de 40 pilotos de parapente disputaram uma etapa do Campeonato Capixaba de Voo Livre no local.
O prefeito Alencar Marim, que esteve lá no alto com os três filhos, prestigiando a competição, disse que ficou muito feliz com a notícia e que vai trabalhar para que o voo livre seja uma prática constante em Barra de São Francisco.
Marcelo Ratis disse que a rampa de Vargem Alegre é das melhores do estado. O local recebeu cerca de 150 pessoas em setembro, entre pilotos e público, como o ciclista francisquense Faroni, pai de um dos voadores da competição, Vinicius Faroni, que também ficou encantado com a notícia e disse que seu filho tem praticado muito, usando a rampa. “Agora espero que sejam feitas melhorias no local para que a ele possa praticar mais”, deseja.
Já o coordenador de prova da Federação Capixaba de Voo Livre (FCVL), Marcelo Ratis, salientou que a rampa de Vargem Alegre necessita de poucas melhorias. Basicamente o único problema do local é o acesso, que poderia ser mais leve, mas devido à resistência de um proprietário rural, a passagem não pode ser mudada. Ele também sugeriu ao prefeito Alencar Marim a melhoria na rampa, que ainda tem muitos buracos no solo e acabam prejudicando um pouco a decolagem.
No entanto, ele destaca que a rede hoteleira e a infraestrutura de Barra de São Francisco é melhor até do que a de Baixo Guandu, rampa preferida dos pilotos capixabas.
Marim disse que a prefeitura tem dado o suporte possível na rampa, mas afirmou que pretende fazer as melhorias sugeridas pelo piloto Frank Brown e também pelo coordenador de provas, Marcelo Ratis. “Gostaríamos de ter pelo menos um evento por mês naquele local, mesmo que não seja de voo livre. É um local muito bonito e bom para um passeio com a família no fim de semana,” elogia. (Weber Andrade)