A ausência de representantes do sexo feminino na Câmara de Vereadores de Barra de São Francisco foi um dos assuntos mais comentados nas redes sociais nesta segunda-feira, 16, depois da eleição de Enivaldo dos Anjos (PSD) com uma votação quatro vezes maior do que a do seu adversário mais próximo.
Mas não foram só as mulheres que ficaram sem representantes na casa: Dos 13 eleitos, nenhum se declarou de cor negra e nem LGBT (Sigla de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros).
Apesar das mudanças, eleição no Legislativo ainda tem distorções e injustiças
Para se ter uma ideia do baixo desempenho feminino nas eleições – eram mais de 60 candidatas – a mais bem votada foi a cantora Israelle Cândido (PSD), com 278, em 21º e Heloisa Love (Republicanos) em 26º, com 256 votos.
Mageane, do Podemos, marcou 113 votos, na 50ª posição e a Professora Márcia (PT), veio um pouco mais atrás, com 105 votos, na 54ª posição.
“Grande perda de representação pra uma luta pra nós: Violência doméstica, saúde da mulher, assédio, falta de oportunidades de trabalho e tantas outras violências sem representatividade (sic). Espero que aprendamos com as novas gerações a votar”, disse a internauta Arlene Coimbra.
“Nenhuma mulher, tem uns aí que já tiveram oportunidade e nada fizeram, gente que votou a favor de privilégios”, lamenta a professora Taiane Negrini.
Raça
Curiosamente, dos 13 vereadores eleitos, apenas um se declarou da raça (cor) branca e os demais se declararam pardos, inclusive pessoas de forte descendência europeia, como Lula Cozer e Sargento Farias.
Profissão e escolaridade
Quanto à profissão e escolaridade dos vereadores eleitos, apenas dois têm curso superior. A maioria tem o Ensino Médio completo ou incompleto e um tem o Ensino Fundamental. Pelo menos três são produtores rurais, dois são comerciantes e quatro são servidores públicos. (Weber Andrade)