O coronel Moacir Leonardo Vieira Barreto de Mendonça, ou simplesmente coronel Barreto, pisou pela primeira vez em solo francisquense nesta quarta-feira, 27, quando prestigiou a solenidade de troca de comando do 11º Batalhão de Polícia Militar (BPM), ocorrida na Câmara Municipal.
Ao discursar, logo após a passagem do comando da unidade, ele deu as diretrizes do que será o trabalho da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES) e demais órgãos ligados à segurança pública no estado. Barreto começou salientando que a segurança pública é um dever de todos e que a Polícia Militar sozinha não consegue resolver todos os problemas das comunidades.
Dirigindo-se ao público civil que participou da solenidade ele destacou que a linha de trabalho da corporação e do sistema de segurança pública estadual está focado na aproximação com a sociedade para melhorar a resolutividade dos crimes e a prisão dos criminosos.
No entanto, Barreto destacou que a PM está “cansada de enxugar gelo” referindo-se indiretamente, ao sistema Judiciário, que não oferece uma resposta satisfatória ao trabalho das polícias. Uma das maiores reclamações dos policiais, tanto civis quanto militares é o fato de a maioria dos crimes não resultarem em punição. Ele disse que é muito triste ver um detido rindo da cara dos policiais porque sabe que não ficará preso.
Por outro lado, ele disse que engana-se quem acha que maior número de policiais nas ruas é sinal de segurança. Barreto observou que a segurança deve começar “dos muros para dentro”, referindo-se à dificuldade que os policiais têm para saber se está acontecendo algum delito dentro das residências. Ele incentivou a comunidade a colaborar com a polícia e disse que cada é responsável pela segurança de todos.
Por fim, ele destacou que os policiais – militares, civis e bombeiros – são os únicos profissionais que, quando assumem, têm que estar disposto a dar a própria vida em prol do cidadão a quem jurou defender. “Não quero aqui desmerecer o médico, mas ele não é obrigado a morrer pelo seu paciente, o policial sim. Ser policial é um sacerdócio e a sociedade precisa valorizar esses bravos guerreiros.” (Weber Andrade)
Troca de comando foi prestigiada por
prefeitos de toda a região noroeste
O prefeito de Barra de São Francisco, Alencar Marim, foi um dos primeiros a chegar ontem, 27, na Câmara Municipaol para a solenidade de passagem de cmando do 11º BPM., Além dele, estiveram os presentes os prefeitos Hermínio Hespanhol, de Mantenópolis e Ângelo Corteletti, o Brizola, de Águia Branca.
Alencar Marim salientou que o tenente coronel Luciano Silva Suava fez um excelente trabalho na cidade e tinha contato permanente com o Executivo, sempre buscando melhorias na gestão da segurança pública. Ele lamentou que, devido às péssimas condições financeiras encontradas na prefeitura quando assumiu, não foi possível implantar algumas ideias, até o momento, como o videomonitoramento da área central, que vendo sendo discutido desde quando o comando do batalhão estava com o tenente coronel Marcelo Dal’Col, no início de 2017.
“Esperamos que a partir deste ano, com as finanças mais equilibradas e a ajuda dos nossos agentes políticos estaduais e federais, essa e outras medidas de segurança possam ser implantadas na cidade”, disse. (Weber Andrade)
Luciano “cabritão” Silva Suave deixa o
comando mas fica no coração da cidade
O tenente coronel Luciano Silva Silva recebeu uma homenagem inusitada ontem, durante a passagem do comando do 11º BPM para o tenente coronel Rômulo Dias. A primeira homenagem foi prestada pelo comandante da 18ª Companhia Independente da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) em Mantena (MG), tenente coronel Ryan Gomes Figueiredo, que entregou uma placa homenageando o colega que se despedia do comando.
Logo após o sargento Novais, que estará se aposentando em breve, entregou uma placa em nome de todos os policiais militares lotados no 11º BPM, onde se via o desenho de um enorme cabrito, na verdade, quase um bode, além de uma mensagem de despedida ao tenente coronel Luciano Suave.
A placa arrancou gargalhadas do público presente, particularmente os policiais. Logo em seguida, o sargento Novaes explicou o motivo da “brincadeira”. Ele conta que, quando o tenente-coronel Luciano Suave chegou a Barra de São Francisco disse que ficou sabendo haver por aqui uns “cabritos indomáveis”, que sobem qualquer morro para combater o crime.
Os policiais então passaram a chamar os outros de “cabritos indomáveis”, sendo o comandante Luciano, o “cabritão”.
O mote levou o comandante geral da PMMES a pedir que o novo comandante, tenente coronel Rômulo Dias, continue liderando esses “cabritos” no combate à criminalidade, arracando mais risos da plateia. (Weber Andrade)
Discurso de despedida do tenente
coronel Luciano emocionou a todos
“Liderar pessoas é mesmo um grande desafio, exige humildade, flexibilidade, motivação, dinamismo, estratégias eficazes, sensibilidade, compreensão, capacidade para ouvir e tolerância, pois ninguém é exatamente igual à outra pessoa, cada um tem uma criação, educação e vivência e isso dá diferentes enfoques da vida e do mundo para cada indivíduo.
Bons líderes desenvolvem seu lado humano, sabem o jeito mais amoroso de falar com as pessoas, sabem ouvir, não oferecem críticas, mas o levam a pensar e refletir sobre como mudar um comportamento. Um líder influencia pensamentos por seu simples jeito de ser, não pelo jeito de impor. Liderança que se ausenta perde espaço no mundo do sucesso, perde a chance de crescer, de promover o crescimento de sua equipe.
Líder que não envolve sua equipe em grandes projetos já começa perdendo pontos, pois liderar não é mandar, dar ordens e cobrar resultados, liderar vai além de tudo isso.
Infelizmente, muitos agem como se fossem “donos da verdade,” como “chefes,” “poderosos,” intocáveis,” só lamento!
Enfim, o líder deve ser alguém que inspire, que transmita segurança e tranquilidade, acima de tudo, alguém que inove, transforme e motive sua equipe para grandes desafios.
Para aquelas pessoas que se encontram com a oportunidade de liderar, atentem-se para não destruir sonhos, para não estagnar pessoas, para não ferir almas, para não bloquear o sucesso. Ninguém brilha sozinho, tudo depende das mãos que tocam, depende das mãos que seguram, pois, um verdadeiro líder, se apaixona quando vê sua equipe brilhar, e um céu cheio de estrelas ainda é algo que encanta.
Uma equipe por vezes precisa ser motivada, entretanto, a verdadeira motivação para conquistarmos o impossível, é acreditarmos em nós mesmos, é crer na capacidade que Deus nos deu, pois, se em algum momento nos sentimos incapazes, é por que desconhecemos nossas capacidades e limitações. Se quisermos vencer, não podemos limitar nosso espaço e nossas capacidades.
Por fim, tenho orgulho em dizer que com o passar do tempo, aprendi o que é ser um líder, não apenas por acreditar em minhas capacidades, mas sim, por ter tido o privilégio de estar à frente e liderar este seleto grupo de militares que compõe o 11º BPM, que com suas infinitas capacitações e qualidades, me proporcionaram a chance de ter ao meu redor uma grande equipe, e por que não, uma grande família. Estes profissionais, com suas habilidades incontestes, demonstraram eficiência e eficácia diante das mais diversas missões a que foram submetidos, e não esmoreceram quando surgiram adversidades, dando-me um retorno plausível, me enchendo de orgulho e satisfação. Desta forma, pude entender que, para um líder ter sucesso, a equipe por ele liderada deve estar alinhada com seus propósitos, ser de extrema qualidade e ter comprometimento com a causa, e isto, sem dúvida, estes militares demonstraram ter de sobra.
A vocês falo o seguinte: Vão e Vençam, todavia, vençam de acordo com os seus princípios e nunca seguindo regras sujas ou desonestas. Não ceda aos interesses que a sociedade impõe; mantenham-se firmes com seus valores e princípios, e sejam muito felizes.
Muito obrigado, Deus os abençoe!!!”
“Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas” (Eclesiastes 7:8)