O deputado estadual Enivaldo dos Anjos (PSD), cobrou ontem, 10, durante a sessão virtual da Assembleia Legislativa (Ales), que a Secretaria Estadual de Educação (Sedu) faça uma pesquisa com pais de alunos e profissionais de educação para avaliar o apoio deles ao retorno das aulas presenciais nas escolas públicas e particulares do Espírito Santo.
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“Fiz uma pesquisa, via Whatsapp sobre esse retorno e 98% das pessoas não desejam o retorno das aulas presenciais, principalmente da educação infantil. Há alguns que querem o retorno porque querem fazer o Enem, entrar na faculdade”, revelou.
Segundo Enivaldo, o momento é de cautela porque quando a situação parece estar melhorando, os números da doença (Covid-19), volta a crescer. Citando número nacionais, o deputado salientou que continuam morrendo, em média, 1.000 pessoas por dia e já são mais de 100 mil mortos no país.
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“A gente entende, e eu estou acompanhando, que existe uma pressão das escolas particulares em cima da Sedu, pela volta às aulas. Mas a escola pública, que é uma questão que está subordinada à nossa apreciação e à apreciação do governo, deveria merecer uma atenção maior, que fosse feita, inclusive, uma pesquisa com os pais, para ter conhecimento, se realmente é o momento oportuno para se ter o retorno às aulas, quando nós observamos que a pandemia não está controlada. Hoje nós observamos pelo noticiário, que morreram mais ou menos mil pessoas, em 24 horas e já temos 100 mil e um mortos pela doença no país.”.
Enivaldo disse que não vê como retornar as aulas, colocar as crianças nas escolas nesse momento. “Nós temos na rede pública, escolas que não têm condições físicas de acomodar 30 a 40 alunos, nós temos os profissionais da limpeza, da merenda. E mesmo que as crianças tenham dificuldade de adoecer com esse vírus, elas podem ser portadoras e levar pra casa, onde tem os adultos, tem os avós, tem as pessoas de maior risco e nós estamos bastante preocupados com essa situação de retorno às aulas, principalmente na área infantil”, finalizou ele, pedindo que Ales encaminhe pedido de informações sobre a situação à Sedu. (Weber Andrade)