A direção do Hospital Badim, parcialmente destruído em um incêndio na noite desta quinta-feira, 12, afirmou às 7h desta sexta, 13, que os bombeiros encerraram no fim da madrugada as buscas por mortos.
Onze corpos – todos de pacientes, segundo a unidade – foram retirados durante varreduras. Até as 7h50, duas vítimas foram identificadas: Irene Freiras de Brito, 84; Luzia dos Santos Melo, 88;
A direção do hospital abriu os canais suportefamiliares@badim.com.br e 971013961 (com acesso ao WhatsApp) para atender parentes.
O fogo começou por volta das 18h30 de ontem e a fumaça se espalhou. A suspeita é que chamas começaram após um curto-circuito em um gerador. Cento e três pessoas estavam internadas na unidade no momento do incêndio, das quais 90 foram transferidas.
Os 224 funcionários que trabalhavam no turno quando as chamas começaram conseguiram escapar do incêndio.
A varredura dos bombeiros começou por volta das 21h45, cerca de uma hora após o fogo ter sido considerado debelado, e seguiu pela madrugada. Os corpos foram retirados em sacos e levados ao Instituto Médico-Legal (IML).
Segundo os bombeiros, cerca de 90 dos 103 pacientes internados foram transferidos para outras unidades de saúde. Enfermeiros, médicos, bombeiros e moradores da região ajudaram a acomodar pacientes em colchões nas calçadas na Rua São Francisco Xavier e em uma creche vizinha.
Como foi o incêndio – O fogo começou por volta das 18h30 em um dos dois prédios do complexo – o mais antigo, aberto em 2000.
De acordo com a direção do hospital, a principal suspeita é de um curto-circuito no gerador do prédio 1, espalhando fumaça para todos os andares do prédio antigo.
Ainda segundo a direção, os pacientes do Centro de Tratamento Intensivo 1 (CTI) foram retirados e receberam os primeiros atendimentos na Rua Arthur Menezes por volta das 19h30. Os pacientes do CTI 2, que tem 20 leitos, também foram retirados.
Segundo moradores, pacientes e funcionários começaram a sair do hospital assim que o incêndio começou.
O dono da creche que fica ao lado do hospital contou que, inicialmente, os pacientes que têm quadro de saúde mais grave foram levados para lá.
Moradores vizinhos ao Hospital Badim precisaram deixar suas casas rapidamente. O motivo da pressa foi o medo que as paredes que ficam coladas ao hospital pudessem desabar.
A energia elétrica foi desligada pela Light para facilitar o trabalho das equipes de atendimento e resgate.
No final da noite desta quinta, a direção do Hospital Badim emitiu uma nota expressando “profundo pesar” em relação ao incêndio e destacando que no primeiro momento a prioridade total foi socorrer pacientes e funcionários. (G1 Rio de Janeiro)