O pequeno município de Jerônimo Monteiro, que tem 11,7 mil moradores, registrou sete casos de estupro apenas neste mês de janeiro, uma média de um caso a cada quatro dias. A informação é do Conselho Tutelar da cidade. O último foi registrado na quarta-feira, 30 e a vítima foi um menino de sete anos.
Esse último caso aconteceu no interior do município, na madrugada de quarta. Segundo a polícia, o suspeito é um homem de 32 anos, que morava de favor na casa da família da criança. Quando amanheceu, o menino contou para a mãe o que havia acontecido e o caso chegou até a polícia.
A Polícia Militar prendeu o suspeito em flagrante. Ele negou tudo. “O acusado nega o crime e afirma que a criança se auto lesionou, e inclusive chegou ao absurdo de falar que era a própria criança que introduzia o dedo no ânus”, explicou o delegado Carlos Vitor de Almeida.
O crime foi comprovado através de exames na criança, que agora passará a receber acompanhamento psicológico e de saúde por parte do Conselho Tutelar.
O homem foi levado para o presídio de Xuri, em Vila Velha, onde vai responder por estupro de vulnerável, com pena que varia de oito a 15 anos de prisão.
Ainda segundo a polícia, em 2009 esse mesmo suspeito foi preso por “ato libidinoso” e ficou detido por mais de sete anos.
De acordo com o Conselho Tutelar de Jerônimo Monteiro, esse foi o sétimo caso de estupro registrado no município só no mês de janeiro.
“É um número bem alarmante, porque só neste primeiro mês foram sete casos e num apanhado de meses no ano passado, foram apenas dois. Além disso, o mês de janeiro tem tudo para ser um mês mais calmo, mas tivemos uma surpresa diante da quantidade de casos”, disse a conselheira tutelar Mayara Alves.
A conselheira alertou que os abusadores geralmente são pessoas que têm uma proximidade com a família da vítima. “São pessoas que estão no vínculo familiar da vítima, ou conhecem a vítima, como vizinhos. Mas geralmente conhecem a vítima”, disse.
Como denunciar – A conselheira ainda alertou que casos de violência sexual contra crianças e adolescentes precisam ser denunciados. Os canais podem ser o Disque 100, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, o 190 da Polícia Militar ou ainda pelo 181, o Disque Denúncia da Polícia Civil. O sigilo é garantido. (G1 Espírito Santo)