A Campanha de Vacinação contra a Gripe vai dar uma parada em Barra de São Francisco, a partir desta quinta-feira, 18. De acordo com o coordenador do setor de Vacinas, devido ao feriado da Semana Santa (sexta-feira) e à decretação de ponto facultativo nesta quinta-feira, 18, a campanha será interrompida a partir de hoje, 17, ao meio dia e retorna na segunda-feira, 22, em todos os postos de saúde da Sede e dos distritos.
Na manhã desta quarta-feira, 17, muitos idosos estavam na Unidade Básica de Saúde (UBS) do centro, em busca da vacina. Foram formadas duas equipes de trabalho para atender à demanda inicial.
Ao todo, mais de cinco mil pessoas, a maioria idosos, está na planilha da Secretaria Municipal de Saúde (Semas) para vacinação. A campanha, iniciada no último dia 10, vai até o dia 31 de maio. O “Dia D” da vacinação será em 4 de maio, com a mobilização nacional.
O objetivo da campanha é reduzir as complicações, as internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus da influenza na população alvo para a vacinação.No município, a vacinação foi descentralizada, a exemplo do ano passado, com vacinação em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) da Sede e dos distritos, evitando concentração de pessoas e filhas na UBS Centro/Vila Landinha.
No Espírito Santo, 1.036.563 pessoas estão entre o público-alvo da campanha, que tem como meta imunizar pelo menos 90% (932.907) do total, conforme estabelece o Ministério da Saúde. Para atender a essa necessidade, o Estado recebe um total de 1.130.100 doses da vacina do governo federal.
As doses serão distribuídas para os municípios para que eles vacinem o público-alvo, ação que é realizada nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou conforme a estratégia de cada administração. A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Danielle Grillo, enfatiza que todos que fazem parte dos grupos prioritários da campanha devem receber a vacina para obter proteção contra a gripe e evitar possíveis complicações de saúde.
Segundo ela, a gripe pode provocar hospitalização e morte principalmente entre os grupos de alto risco que não receberam a vacina. Ainda de acordo com Danielle Grillo, as vacinas utilizadas pelo SUS nas campanhas nacionais de vacinação contra a influenza são trivalentes. Sua composição é estabelecida anualmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com base nas informações recebidas de laboratórios de referência sobre a prevalência das cepas circulantes.
A recomendação sobre a composição da vacina ocorre no segundo semestre de cada ano, para atender às necessidades de proteção contra influenza no inverno do Hemisfério Sul. No Brasil, a composição da vacina foi divulgada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na Resolução-RE Nº 2.714, de 4 de outubro de 2018 (publicada no DOU nº 193, de 5 de outubro de 2018). Vacinas influenza trivalentes a serem utilizadas no Brasil a partir de fevereiro de 2019 protegem contra três tipos de vírus: H1N1, H3N2 e um tipo de Influenza B. Deve-se salientar que ocorreram duas mudanças em relação à vacina trivalente indicada para a temporada de 2019, as cepas H3N2 e B.
Público alvo
Pessoas com 60 anos ou mais de idade;
Crianças na faixa etária de 6 meses a menores de 6 anos de idade (até 5 anos, 11 meses e 29 dias);
Gestantes;
Puérperas (até 45 dias após o parto);
Trabalhadores da Saúde;
Professores das escolas públicas e privadas;
Povos indígenas;
Portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais;
Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas;
População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.
Sintomas da gripe
Os sintomas da gripe são agudos, ou seja, surgem de repente. A pessoa começa a se sentir mal, logo vem a dor de garganta, muita dor no corpo, febre alta prolongada e tosse. Muitos sintomas da gripe são semelhantes ao do resfriado, que também causa tosse e coriza, apesar do paciente não ficar tão prostrado e às vezes nem apresentar febre.
Em alguns casos, a infecção pelo vírus influenza pode evoluir para um quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), em que o paciente apresenta sintomas gripais associados a uma forte dificuldade de respirar.
Para não haver dúvida nem correr risco, é importante buscar atendimento médico mesmo se os sintomas forem mais brandos. O médico é quem poderá, de forma segura, fazer o diagnóstico e determinar o tratamento.
Há situações em que pessoas relatam terem ficado gripadas depois de tomarem a vacina influenza, mas a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações explica que a vacina é composta de vírus inativado (morto e fragmentado), portanto, não provoca a doença.
Pode acontecer, no entanto, de a pessoa ter tido contato com o vírus influenza poucos dias antes de ser vacinada ou antes de o corpo ter produzido a imunidade, por isso a doença se desenvolve no organismo mesmo com a aplicação da vacina. (Weber Andrade com Secom/ES)