Que o presidente brasileiro Jair Bolsonaro e o seu colega norte-americano pensam de maneira quase idêntica, tudo mundo já percebeu. Ambos defendem uma população cada vez mais armada e têm muitas outras afinidades, a ponto de pensarem em nomear filhos como “embaixadores” no Estados Unidos e Brasil.
E quando se trata de política de uso de armas de fogo, o pensamento converge totalmente. Um dos motivos que levou a população brasileira a colocar o “capitão” no comando dos destinos dos país, foi, certamente a sua proposta de liberar o uso de armas de fogo para a população civil.
Neste domingo, 4, após mais dois ataques de atiradores nos EUA, o presidente brasileiro, mais uma vez, saiu em defesa da liberação de armas e disse que não se evita ataques a tiros como os dois ocorridos neste final de semana nos Estados Unidos “desarmando o povo”.
Na tarde deste sábado, 3, um atirador fez 20 vítimas em El Paso, no Texas, e foi preso pela polícia. Um segundo ataque, já na madrugada deste domingo, elevou para 29 o número de mortos em assassinatos em massa. O criminoso, morto pela polícia, matou 9 pessoas na cidade de Dayton, Ohio. Os ataques deixaram, ainda, 42 feridos, parte deles em estado grave.
Questionado sobre os massacres, Bolsonaro disse lamentar os episódios, e negou que o desarmamento evite atentados como os dois ocorridos nos EUA.
“Lamento, já aconteceu no Brasil também. Lamento. Agora, não é desarmando o povo que você vai evitar isso aí. O Brasil é, no papel, extremamente desarmado e já aconteceu coisa semelhante aqui no Brasil”, afirmou o presidente na porta do Palácio da Alvorada, em Brasília.
As motivações dos dois atiradores ainda são investigadas. No primeiro caso, em El Paso, o assassino é um homem de 21 anos e teria postado um manifesto racista horas antes do ataque. Não há detalhes sobre o atirador de Dayton, que teria agido sozinho.
Na manhã deste domingo, o presidente Donald Trump lamentou as mortes e elogiou a atuação da polícia nos dois casos. “Deus abençoe o povo de El Paso, Texas. Deus abençoe o povo de Dayton, Ohio”, escreveu em uma rede social. (Sitebarra e G1 Política)